terça-feira, 5 de maio de 2009

Ex do próprio filho(a)


Descobri que a melhor maneira que encontrei para desabafar é escrevendo. E esse blog para mim está sendo uma terapia, acreditem!

È impressionante a quantidade de mulheres divorciadas que reclamam dos ex que além de virarem ex-maridos viraram ex dos filhos. O meu caso então, é clássico.
O cara casou comigo, tivemos uma filha que era sua princesinha, linda, amada, adorada, idolatrada, a melhor e mais linda filha do mundo. Aquela que não chorava por nada, que era melhor em tudo, que ele fazia e desfazia por ela, cruzava e movia céus e terra pela menininha dele. Aí,o casamento acaba. Ele vai para um lado e eu para o outro com minha filha, lógico!

E para minha surpresa, aquele pai amoroso lá de cima começa a mudar e a rarear.
Eu, divorciada, vou a luta, mudo de emprego, faço outra faculdade e começo a namorar. Com muita delicadeza, amor e muito jogo de cintura ajudo meu namorido, até então solteiro e sem filhos, a se transformar num “paidrasto” amoroso, dedicado, preocupado e um exímio educador! Eu desde o começo mostrei a ele que ele havia escolhido duas mulheres: uma já formada e a outra em formação. E, ele aceitou! Aceitou mesmo! Não foi de mentira não!! Foi de coração e peito aberto!! Não é a toa que amo esse homem!

Do outro lado as coisas não são assim. Ele casa de novo, tem outro filho e, a menina que era o epicentro de sua vida passa a ser visita de 30 em 30 dias!!!! Como é que fica a cabeça da minha menina? - pergunto eu. E, eu o que faço? Deixo seguir? Deixo ele ficar agindo como se a filha dele surgisse do nada a cada trinta dias? Confesso que às vezes fico perdida. Perdida mesmo. Sem saber como agir diante de um pai que de uma hora pra outra vira ex da própria filha.
O pior é ter que responder para uma menina de dez anos porque ela não tem roupa na casa do pai ou porque ele quase nunca liga. Minha cabeça pira, dá um nó e, eu me pergunto: - porque ele não tem ajuda da sua companheira? Porque ela não o incentiva a procurar a própria filha que já existia quando ela apareceu? Porque ela não a enxerga como o meu namorido?
Não tenho respostas. Não a conheço. Mas, conheço o pai da minha filha e sei o quanto ele vive a vida dos outros....mas, deixa pra lá....
Para tentar responder a essas perguntas, procuro blogs, livros de psicólogos, converso com mulheres na mesma situação, participo de fóruns, chats..ufa! uma loucura! Tudo pelo bem estar e pensando sempre na mulher que minha filha será....

Hoje estou aqui sozinha escrevendo, porque ele decidiu dormir com ela na casa dele, depois de três finais de semana sem poder ficar com ela...Apareceu, ligou, pegou ela no Jazz , passou na minha mãe para pegar roupa porque ela não tem uma calcinha na casa dele e foi dormir com ela. Ah, detalhe: quando liguei para saber se eles tinham chegado do jazz (ainda não tinham) e disse que ligaria de novo para saber se minha filha estava bem, o telefone sem mais nem menos ficou desligado até o dia seguinte. Sacanagem? Falta de amor ao próximo? Ou pura coincidência?

Perguntem como minha filha ficou quando o “pai visita” disse que iria buscá-la na escola? feliz da vida, claro!

2 comentários:

  1. É Luro, tive a oportunidade de ouvir isto que está escrito aqui...e além disso, mesmo "não querendo", acabo participando mais um pouquinho desta relação...afinal, sentamos lado a lado no trabalho, né? E vejo há muito tempo coisas do tipo: “Luiza, não pode ir de sandália, está chovendo”, “Oi, Delícia! Mamãe tb tá com saudades”, “Comporte-se com a tia fulana”, “É filha, tem que tomar o remédio tal...”, etc, etc...e adoro poder “participar”!!!! rsrsrssrs......
    E o que falar do “tio” Caê? Não é apenas por ele ser um grande amigo, mas o Caê é o cara, um paizão....que leva Lulu para andar de bicicleta, sai de madrugada para levar ao hospital, tem sempre um remédio para emergências, está nas viagens mais legais dela, a introduz no “mundo mágico do samba” (com todo meu apoio, é claro!)....ah sim, e felizmente é tb o “protegido” dela! Que com certeza terá Lulu como sua testemunha de defesa quando resolver “enquadrar” um certo alguém na “Lei Maria da Penha” (como diz nossa amiga Iva.....hehehehe).
    Brincadeiras à parte, nem posso imaginar o quanto deve ser conflitante para você lidar com essa ausência por parte do pai, mas sou testemunha de que se fosse possível substituir um amor por outro, dentro da cabecinha de uma criança (mas infelizmente isto não existe), garanto que Luiza seria, com sobra, a criança mais feliz do mundo pela mãe e tio que tem!
    Beijos,
    Jana

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  2. patrícia veiga28 maio, 2009

    É Lú, A cabeça desses homens é um verdadeiro jogo de xadrez!Por isso continuo sendo "uma noiva em fuga", rsrss. Aaaaamo lêr sempre seu blog; por favor não pare de escrever! Bjks de quem te adora e adimira muuuuito.
    Patt(Ibicuí).

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