quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

25 e 40....




Olha, decidi para mim mesma que não iria ficar batendo nessa tecla de que estou chegando aos 40, de que ainda tenho muitas coisas para fazer e de que meu corpo está envelhecendo. Resolvi deixar pra lá, aceitar minha condição de futura “coroa” e me jogar na vida.
Dia desses fui almoçar na casa da minha mãe com filha e namorido. Meu irmão, que mora com ela, estava lá com amigos, amigas e para variar com uma “peguete”. Bem, pra começar ele é bem mais novo do que eu. Ele tem 26 anos, assim como a maioria dos seus amigos. Enquanto ajudava minha mãe a colocar a mesa fiquei ouvindo a conversa de algumas amigas do meu irmão sobre o namorado de uma delas, que do nada pediu um tempo para pensar no relacionamento, dizendo estar passando por uma crise existencial. Lógico que minha curiosidade não me deixou continuar com meu trabalho na cozinha e fiquei enrolando ali na sala só pra ouvir as queixas e lamúrias das meninas de 25. As queixas do namorado foram diversas: desde o futebol no domingo até a implicância dele com a melhor amiga dela. Mas o que a deixava mais intrigada foi a decisão do menino de sem mais nem menos pedir um tempo na relação, alegando que estava em crise existencial que se sentia preso, sem liberdade, blá, blá, blá....
O que mais me chamou atenção na conversa toda foi de que a menina simplesmente não entendia o porquê do namorado querer terminar e, o porquê dele ter ficado tão sem jeito no dia em que pediu o tal do tempo. Porque ele não a olhava nos olhos? Porque ele não a encarava? Logo ela que fazia tudo por ele. Nesses dois anos de namoro, contava ela, viveram muitas aventuras, muitos shows, fizeram muitos amigos em comum e ultimamente ela quase nem implicava com o futebol e a cerveja dele nas manhãs de domingos! Porque então ele havia pedido um tempo na relação?
Depois de prestar atenção tim tim por tim tim em toda a conversa e de nem ouvir os pedidos de socorro da minha mãe para apagar o pano de prato que pegou fogo que eu havia esquecido em cima do fogão, tive vontade de sentar ao lado da menina e responder a todas as suas perguntas, mas querem saber? eu me contive. Ah! deixa pra lá, ela não vai entender mesmo!. Só que essa minha súbita discrição não me fez deixar de conversar comigo mesma sobre os questionamentos da lindinha.
A grande verdade é que as meninas de 25 ainda não sabem que crise existencial de homem, menino, namorado e ou “peguete”, tem nome e sobrenome: é outra MULHER! Gentem! Fala sério?! Estou mentindo?! Quantas vezes nós mulheres maduras (??) já não ouvimos esse mesmo blá, blá, blá em todas as fases da vida? De homens de diversas idades? E quais foram as vezes que a crise existencial era realmente uma crise séria?! NENHUMA ! Nenhuma, pelo menos comigo e com a maioria das minhas amigas, que hoje diga-se de passagem, estão chegando aos 40?!
Mas isso, minhas amigas, algumas de nós só aprendem depois dos trinta e outras somente chegando aos 40, o que não é o meu caso..ahahah!! Por isso me contive e não entrei numa de ficar dando conselhos para bonitona de 25. Ela vai chegar lá e aprender que o namorado daquela época queria pegar outra mulherzinha sem se sentir culpado, nénaum?!!!

Luciana Ribeiro
Mãe, amante, jornalista, produtora de vídeo e chegando aos 40.


2 comentários:

  1. LÚÚÚÚÚÚ!!! ESTOU AMANDO SEUS COMENTÁRIOS! ATÉ JÁ ME ADD COMO A 1ª SEGUIDORA DO SEU BLOG. OLHA LÁ, SOU EU! BJS E PARABÉNS PELOS SEUS TEXTOS. VC TÊM TALENTO MENINA! BJUSSSSSSSSSSSSSSSSS. PATT(IBICUI)

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  2. kkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    Crise kkkkkkkkkkk

    Bom... pelo menos ele foi legal e não falou totalmente a verdade. Assim... sofre menos.

    Pensando bem... um grande FDP... pq quer passar a imagem de inseguro e se a parada não der certo, volta com ela. E ela cai q nem trouxa.
    ai, ai...

    Esse tal de coração, tem que sofrem muitas ranhuras para deixar que os olhos "pensem" na frente.

    Beijocas,
    ieu

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